segunda-feira, 26 de maio de 2008


Hoje a mãe foi à escola cumprir o seu dever. Acordou cedo, pois teimei em acordar de hora em hora. Aprendi a dormir de barriga para baixo, mas depois, com o peso da manta, não tenho força para me virar, ou perguiça, cá para nós. Chamo pela mãe que não tarda em fazer-me a vontade... para mais uma hora de sono.

A mãe foi e voltou como uma flecha. Tratou dos seus assuntos lá na escola e regressou ansiosa para dar a sopa e a fruta como é costume. Comi tudo também como é costume... e como costume é, adormeci!
P.S-
Até à sua escola a mãe faz uma viagem de que só alguns são privilegiados, tal como revela a foto. Muitos consideram a viagem perigosa. Mas ela não e lá foi, acompanhada pelos seus pensamentos, que não revela, e a determinada altura apercebeu-se, mais uma vez, de como esta ilha é esplendorosa. E ao atravessar de sul a norte a ilha deu-se conta que grande parte do seu esplendor tem origem, simplesmente, na vastidão do seu tamanho e na sua colorida serenidade. O corpo e o espírito parecem expandir-se sob imensidão deste mar. A luz deste sol magnífico a bater na água forma um espelho prateado que a mãe não cansa de olhar.

Quando vamos no carro ouvimos sempre música. Quase sempre a mesma quando vou com ela... chata. Quando vai sozinha ouve outras, que a deixam mais animada. Quando acordar a mãe vai brincar comigo, como sempre e eu, vou rir, rir, rir tanto até ficar vermelho. E a mãe, que não se cansa de mim também, vai fazer-me cócegas, mimar-me, dar-me beijinhos e contar-me histórias... adoro histórias. Fico atento. Mais tarde, daqui a uns anos, se me apetecer, vou com o pai ao futebol e com a mãe ao teatro... consigo ser expressivo quando a imito, mas a minha imaginação ainda tem muito que voar e voar e voar... e, quem sabe, mais tarde, daqui a uns anos, quando acordar dos meus sonos, poderei contar os sonhos que mãe imagina quando me olha atenta... poderei contar-lhos com muita expressão e os dois juntos, quem sabe, podemos fazer pequeninas peças de teatro para fazer o pai sorrir e sentir-se feliz! Ele não cansa de me dizer isso, mas eu gosto mesmo é quando ele me sorri... por isso hoje, quando acordar, vou ouvir uma história e rir, rir, rir muito!
Gui


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